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Saiba tudo sobre Inner Cartography

Toda a história

Inner Cartography Volume 1 

Este é meu álbum de estreia como compositora e cantora. Não sou iniciante na música, tô nessa estrada desde os 9 anos, já tenho 42, vou lançar o álbum no dia do meu aniversário de 43 anos. Antes de começar a cantar e compor eu era flautista e amo tocar flauta, inclusive eu que escrevi e toquei todos os arranjos de flauta do álbum. 

O nome do álbum, Cartografia Interna, em português, vem desse mapeamento que faço de mim, estou sempre procurando internamente os caminhos alternativos, as palavras, as metáforas, as referências. Antes de me lançar nessa aventura de gravar um álbum de músicas autorais me questionei se não seria tarde de mais pra começar, mas achei em alguma curva do caminho a resposta.  E o álbum agora é uma realidade.

 Nesse álbum todas as canções são minhas, uma delas, Sick and Tired é uma parceria com meu pai. As músicas falam sobre sentimentos, sobre ideias, sobre histórias do ponto de vista do meu universo de referências e é um convite a conhecer esse mundo e se identificar com o que afinar com o seu subjetivo. Duas das canções vieram na mala de uma forma ou de outra, todas as outras foram compostas aqui em Portugal e aviso, tem muito mais de onde vieram estas.


Another Dimension é uma música psicodélica de amor. É o convite amoroso pra adentrar esse meu mundo interno, essa outra dimensão, que eu acredito que todos tenhamos uma experiência absolutamente única daquilo que vemos e vivemos, apesar das emoções serem universais. Tem elementos lúdicos e oníricos como uma bicicleta alada e um carrossel. 

Esfinge é uma letra que escrevi antes dos meus 18 anos, foi musicada por outra pessoa e se perdeu no tempo, mas eu resolvi resgatar a letra e compus outra música. É uma música misteriosa, que fala sobre lançar-se ao infinito e ir para a Atlântida. Tem um eu lírico que não se revela, mas se oferece e exige ser matéria-prima pra criação.  É uma esfinge-musa.

Tentei é uma música daquelas que vieram inteiras do início ao fim, com letra, melodia e harmonia. Foi a primeira que fiz aqui em Portugal. Nessa a inspiração veio da história de uma grande amiga que estava tentando superar uma separação. Eu quis mostrar que por mais que se tenha a sensação de que é duro desfazer cada um dos laços que é construído num relacionamento, é possível ficar bem por sí. Que todos sabemos como ficar bens pela gente. 

In Winter é a música mais literal do álbum, assim que mudamos pra Portugal, vindos de Nova Friburgo que é um lugar frio pro padrão brasileiro, passamos muito frio no nosso primeiro inverno aqui. Na música eu falo que estou congelando, mas que mesmo assim a vida continua e que sinto falta dos dias ensolarados nos quais o mar me convida a fazer parte do todo. Escrevi essa música literalmente com 2 pares de meias, duas calças, dois casacos, gorro e cachecol, dentro da minha própria casa. 

Ato falho é a poetização de um conceito da psicanálise que acredito ser muito verdadeiro, o inconsciente sempre acha forma de se mostrar. Nessa música é como se as palavras tivessem vida e vontade própria e tentassem fugir por qualquer ziper, porta oui boca entreaberta. O arranjo tem o som de uma máquina de escrever que traz a referência à palavra escrita. A protagonista dessa música é a palavra. 

Tango do Desespero é a música que conta a história da nossa vinda pra Portugal. Da nossa fuga de um país que se mostrava cada vez mais assustador. Viemos só com as nossas malas, não trouxemos mudança de container, como fazem algumas pessoas ao mudar de país. Vendemos tudo que tínhamos e remontamos a nossa vida aqui. Como digo na letra da música demos adeus ao deus dos sacrifícios, palanques e milícias, adeus. 

Sick and Tired é uma parceria com meu pai, que me envio pelo WhatsApp o início cantado e eu criei a harmonia e concluí a letra. É a única parceria do álbum, com muita honra, com meu amado pai. Foi dele que herdei a facilidade pra compor. Ele sempre estava com o violão na mão e tinham muitos cadernos de partitura espalhados pela casa prontos pra registrar qualquer ideia que aparecesse. É uma música que fala sobre estar de saco cheio de tudo mas tem uma virada quando diz que está na verdade de saco cheio de dizer que não e resolve se entregar ao amor de corpo e alma. 

Harmonia oculta é a música instrumental do álbum. Também com uma pegada de rock progressivo, assim como a primeira faixa. Curiosamente foi a primeira música que compus na vida. Criei com violão e voz na mesma época que escrevi a letra de Esfinge.  E quis deixá-la assim, sem letra, porque pra mim ela se basta. O título vem de um livro do Osho que eu estava lendo na época.


Sobre a equipe pra realização deste álbum. 

Este álbum foi feito a muitas mãos, eu já tinha lançado 8 singles nas plataformas digitais gravados experimentalmente na nossa casa. Mas eu queria que este álbum ficasse indubitavelmente profissional e decidi chamar uma equipe de peso pra me acompanhar nessa aventura.  

Pra começar, Leleia Glitter, o meu amor que além de me dar apoio e suporte de todas as espécies tocou cello lindamente em todas as faixas. Miguel Bevilacqua, meu querido amigo e professor de cello do meu marido escreveu os arranjos pra ela tocar e deu muitas outras ideias musicais que enriquecem o universo sonoro desse álbum. 

Agora vem a hora da Sandra Bullet, uma super musicista que conhecemos aqui em Portugal e tem nos ajudado com tudo que ela pode. Ela gravou, mixou e masterizou todas as faixas além de tocar baixo, bateria e guitarra e dar muitas ideias musicais dando asas a todas as mloucuras que me vinham à cabeça com seus samplers. Ela foi de uma gentiliza sem tamanho, vinha de carro nos buscar pra ir a Coimbra gravar em seu estúdio e por causa da pandemia tivemos que adiar por quase dois anos este projeto. Mas conseguimos!  

Num certo momento eu me dei conta de que este projeto também merecia ser traduzido em imagens e decidi criar um álbum visual. A linguagem escolhida foi a colagem, que eu sou particularmente apaixonada. Resolvi chamar a minha amiga Carolina Borges que é uma designer de mãos cheias e ela topou esse desafio de pesquisa e conjugação das imagens com o significado das letras da música.  

Mas eu quis mais do que algo estático, eu pensei que se animássemos as colagens e escrevêssemos as letras na tela teríamos como comunicar muito melhor tudo que eu tenho pra dizer com este álbum, e pra isso entrou no álbum a maravilhosa multi-artista Beli Bertalha. Ela canta e compõem lindamente, mas também é fera na animação e edição. Beli também é responsável pelas edições dos vídeos dos singles do álbum.  

Pra fechar a equipe, uma pessoa fundamental, porque de nada adiantaria fazermos todo esse trabalho maravilhoso, modéstia à parte, pra guardar na gaveta, então chamamos a Scheila Santiago, jornalista especializada em cultura pra espalhar aos 4 ventos este álbum. Decidimos lançar o disco virtualmente em Nova Friburgo, cidade que nos acolheu e apesar de já estarmos aqui faz 3 anos os laços e amizades que construímos nos 9 anos na serra carioca permanecem firmes e fortes.  

Como todos podem calcular, afinal os últimos anos nos mostraram o quanto moramos na mesma casa, que é o planeta Terra, logo depois que chegamos aqui veio a pandemia de Covid-19 e ficamos dentro de casa por muito tempo. Nesse período muito estranho de isolamento, encontrei refúgio, na composição. Através da criação me senti livre, mesmo sem poder sair de casa. Através das redes fizemos amigos virtuais nos 5 continentes, por isso que o Inglês é tão presente no álbum, pra poder me comunicar mesmo com quem não fala a minha língua, o português do Brasil. 


Sobre os singles que já foram lançados com vídeo clipe: Eles têm em comum o fator sorte. In Winter foi o primeiro single que lancei e o vídeo clipe é todo com imagens de arquivo da minha infância no Chile. São imagens de neve, que recebi de um primo que trabalha com edição de video, Michelangelo Bernardoni,  que tinha digitalizado vídeos seus de família e que continham todas essas imagens de quando ele nos visitou na nossa casa da neve.

Pra gravar tentei viajamos até Lisboa para encontrar uma querida amiga Carla la Porta que dança e não nos víamos a mais de 25 anos, porque ela de mudou pra Nova Iorque. Ela escolheu o horário, o nascer do sol,  e por sorte estava hospedada no bairro de Cascais onde havíamos planejado gravar as cenas. Chegamos lá ainda de noite e esperamos amanhecer, o dia estava lindo, perfeito pra gravar, apesar do frio. E aí veio o maior dos golpes de sorte, havia um senhor filmando com um drone o nascer do sol no mar e eu resolvi pedir se ele poderia nos ceder as imagens, ele gentilmente aceitou, filmou a minha amiga dançando e nos enviou as filmagens junto com todas as licenças necessárias para filmar à beira mar. Com exceção das imagens de drone as imagens captadas nesse vídeo, forma feitas por Leleia Glitter no nosso celular.

Pra concluir, por que Volume 1? Porque o segundo volume já está a caminho, em fase de pós-produção e também vai ser lindo!

Ficha Técnica
1) “Another Dimension” é uma música psicodélica de amor. Tem elementos lúdicos e oníricos como uma bicicleta alada e um carrossel, com uma pegada de rock progressivo.
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Sintetizadores: Sandra Bullet 

2) “Esfinge” é uma letra que escreveu antes dos seus 18 anos, uma música misteriosa que fala sobre lançar-se ao infinito e ir para a Atlântida. É uma esfinge-musa.
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Percussão e violão: Sandra Bullet 

3) “Tentei” é uma música daquelas que vieram inteiras do início ao fim, com letra, melodia e harmonia. Foi a primeira que fez em Portugal. A inspiração veio da história de uma grande amiga que estava tentando superar uma separação.
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Instrumentos virtuais e guitarra elétrica: Sandra Bullet 

4) “In Winter” é a música mais literal do álbum. Fala sobre estar congelando de frio, mas que mesmo assim a vida continua e que sente falta dos dias ensolarados nos quais o mar a convida a fazer parte do todo. Larissa escreveu essa música toda agasalhada, assim que ela e seu companheiro Leleia.Glitter mudaram para Portugal, vindos de Nova Friburgo, cidade serrana, um lugar frio para o padrão brasileiro.
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Violão, baixo, bateria e instrumentos virtuais: Sandra Bullet 

5) “Ato Falho” é a poetização de um conceito da psicanálise onde o inconsciente sempre acha forma de se mostrar. O arranjo tem o som de uma máquina de escrever que traz a referência à palavra escrita. A protagonista dessa música é a palavra. 
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Sintetizadores e Instrumentos virtuais: Sandra Bullet 

6) “Tango do Desespero” é a música que conta a história da ida para Portugal, uma fuga de um país que se mostrava cada vez mais assustador. Sem muita bagagem nas malas, porque se desfizeram de tudo que tinham e remontaram a vida em Portugal, a letra da música fala do adeus ao deus dos sacrifícios, palanques e milícias. 
Composição, voz, piano, flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Instrumentos virtuais: Sandra Bullet 

7) “Sick and Tired” é uma parceria com seu pai, Alexandre Goretkin, que enviou pelo WhatsApp o início cantado e Larissa criou a harmonia e concluiu a letra. Fala sobre estar de saco cheio de tudo, de saco cheio de dizer que não e resolve se entregar ao amor de corpo e alma. 
Composição: Larissa Goretkin e Alexandre Goretkin
Voz, piano e flautas: Larissa Goretkin 
Cello e backing vocal: Leleia.Glitter 
Violão, baixo, bateria e backing vocal: Sandra Bullet 

8) “Harmonia Oculta” é a música instrumental do álbum, com uma pegada de rock progressivo, assim como a primeira faixa. Foi a primeira música que compôs na vida, criou com violão e voz na mesma época que escreveu a letra de “Esfinge”. 
Composição, voz, piano e flautas: Larissa Goretkin 
Cello: Leleia.Glitter 
Violão, baixo e bateria: Sandra Bullet 

Volume 1: Biografia
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